8 eletrĂ´nicos e tecnologias que morreram cedo demais

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8 eletrĂ´nicos e tecnologias que morreram cedo demais



Sempre que uma nova tecnologia estĂ¡ para ser lançada, imaginamos o quanto ela serĂ¡ aceita pelos consumidores e em quanto tempo ela pode durar. Hoje, fazemos esse tipo de consideraĂ§Ă£o para saber como serĂ¡ a vida do Google Glass e de outros dispositivos vestĂ­veis, mas diversos aparelhos que hoje sĂ£o sucesso jĂ¡ passaram por isso — desde os computadores atĂ© os tablets.
E Ă© claro que nem sempre elas sobrevivem tanto quanto se espera. VocĂª deve conhecer algum tipo de tecnologia que prometia muito sucesso no lançamento, mas que pouco tempo depois foi completamente abandonada. Algumas delas bem que mereceram o destino cruel — Powerglove do SNES, estamos falando de vocĂª —, mas outras poderiam ter recebido outra chance.
Hoje, falaremos justamente sobre este Ăºltimo tipo de tecnologia. O tipo que envolve aqueles eletrĂ´nicos incrĂ­veis e que chamam a atenĂ§Ă£o de toda a imprensa no lançamento, mas que logo sĂ£o abandonados. Isso pode levar alguns meses ou alguns anos, mas o final da histĂ³ria Ă© sempre o mesmo: consumidores tristes com o fim e empresas com prejuĂ­zos astronĂ´micos no referido segmento.

1. Sega Dreamcast

Produzido pela japonesa Sega, o Dreamcast tinha grandes chances de ser um concorrente de peso para os consoles PlayStation 2 — que substituiria o PSOne poucos meses depois do lançamento do console da Sega — e Nintendo 64. Inovador para a Ă©poca, surgiu com sistema de conectividade para permitir que jogadores disputassem partidas mesmo que estivessem longe uns dos outros — o que hoje acontece em qualquer video game.
Apesar de ter alguns jogos muito bons e com grĂ¡ficos avançados em relaĂ§Ă£o a muitos dos tĂ­tulos disponĂ­veis para outras plataformas, o Dreamcast nĂ£o conseguiu vingar no mercado internacional. Foram lançados pouco mais de mil jogos para ele e muitas das principais desenvolvedoras da Ă©poca nĂ£o se interessaram em partir para ele — o que inclui a Square Enix  e a Electronic Arts.
Apesar do nĂºmero grande de tĂ­tulos, a biblioteca disponĂ­vel para o Dreamcast nunca foi considerada satisfatĂ³ria para o mercado internacional. Por causa disso, o aparelho acabou morrendo antes da hora. A falta de apoio tambĂ©m fez com que a Sega desistisse do mercado de consoles — no qual havia prosperado com Mega Drive e Saturno — e hoje Ă© limitada a outras Ă¡reas de atuaĂ§Ă£o.

2. Nexus Q

Anunciado durante uma conferĂªncia Google I/O em 2012, o Nexus Q foi o primeiro aparelho da linha Nexus a nĂ£o ser um smartphone ou tablet. Ele trouxe diversas possibilidades de mĂ­dia para o mercado. Com o dispositivo, seria possĂ­vel realizar o streaming de Ă¡udio em uma central de alta potĂªncia utilizando qualquer smartphone, tablet ou computador como controlador para ele.
Apesar da excelente proposta trazida pela Google, foi difĂ­cil convencer o pĂºblico de que ele valeria todo o preço cobrado na Ă©poca — US$ 299. Independente disso, Ă© preciso dizer que ele realmente poderia revolucionar o mercado de aparelhos de reproduĂ§Ă£o de Ă¡udio, principalmente pelas possibilidades de criaĂ§Ă£o de playlists colaborativas e outros modos similares.
Hoje, a proposta continua ativa por meio da reproduĂ§Ă£o de Ă¡udio com o Chromecast — que custa apenas US$ 35 e pode ser usado tambĂ©m para a execuĂ§Ă£o de vĂ­deos. A Ăºnica limitaĂ§Ă£o do novo aparelho Ă© que ele exige a utilizaĂ§Ă£o de um televisor com conexĂ£o HDMI, enquanto o Nexus Q podia ser conectado apenas Ă s caixas de som.

3. Microsoft Kin

Um projeto ambicioso e que movimentou a quantia de US$ 1 bilhĂ£o somente no desenvolvimento. Um projeto ambicioso e que foi descontinuado menos de dois meses depois do lançamento oficial. Esse Ă© o resumo da curta e decepcionante histĂ³ria dos smartphones Microsoft Kin. Com menos de mil unidades vendidas, ele foi considerado uma tragĂ©dia por nĂ£o conseguir uma Ăºnica avaliaĂ§Ă£o positiva na imprensa.
Mas, se o aparelho era ruim e vendeu pouco, por que ele estĂ¡ nesta lista? Pelo motivo de que ele abriu espaço para uma sĂ©rie de tecnologias relacionadas aos smartphones. SincronizaĂ§Ă£o em segundo plano foi algo inĂ©dito para a Ă©poca (2010) e armazenamento em nuvens tambĂ©m passa pelo mesmo processo. Apesar de ele nĂ£o poder ser comparado com o iPhone ou com os Androids da Ă©poca, poderia ter sido mais bem aproveitado.
A interface de usuĂ¡rio prometia grandes feitos, apesar de completamente instĂ¡vel. Outra falha era a baixa integraĂ§Ă£o com redes sociais, que jĂ¡ começaram a emergir como uma necessidade bĂ¡sica dos aparelhos naquele ano. Em suma, o Kin tinha design, bateria, recursos e cĂ¢meras capazes de tornĂ¡-lo um grande competidor. O que faltou foi planejamento e execuĂ§Ă£o.

4. Netbook

Notebooks muito mais portĂ¡teis do que os modelos que eram vendidos na Ă©poca. Assim eram os primeiros netbooks — aqueles computadores portĂ¡teis com cerca de 10 polegadas e que fizeram relativo sucesso na metade da dĂ©cada passada. O principal trunfo dos aparelhos estava na economia oferecida, uma vez que eles eram muito mais baratos do que os principais laptops.
Mas isso tambĂ©m foi a sua ruĂ­na. Para baratear cada vez mais os custos, muitos netbooks passaram a oferecer hardware de qualidade duvidosa, tendo poucos recursos para a grande maioria das funções que os consumidores precisavam. O resultado disso estava em mĂ¡quinas pesadas, lentas e que dificilmente substituiriam computadores que custavam um pouco mais que eles.
Ă“timos conceitos fariam dos netbooks uma grande ferramenta para o mercado internacional, mas a execuĂ§Ă£o nĂ£o condizia com essas expectativas. A chegada dos primeiros tablets com impacto comercial, em 2010, ajudou a enterrar o netbook. Hoje, os consumidores preferem anexar teclados a seus tablets a utilizarem qualquer outro notebook de baixa qualidade ou desempenho insuficiente.

5. IBM Simon

Um smartphone que surgiu no mercado antes de vocĂª sequer imaginar o que seria um smartphone. Este era o IBM Simon, que foi lançado em 1994 e trazia uma grande quantidade de funções anexas a um celular. AlĂ©m de fazer ligações, ele podia enviar emails, mensagens para FAX e atĂ© mesmo acessar a internet — de uma maneira muito mais arcaica do que podemos ver no mercado atualmente, Ă© claro.
Ele tambĂ©m tinha tela LCD sensĂ­vel ao toque e permitia a composiĂ§Ă£o de textos com muita facilidade — dadas as limitações da tela resistiva, Ă© claro. Mas, como vocĂª deve imaginar, o mercado nĂ£o estava pronto para receber tais avanços tecnolĂ³gicos em um Ăºnico aparelho no ano de 1994. NĂ£o Ă© Ă  toa que a IBM descontinuou a produĂ§Ă£o do aparelho apenas um ano depois do inĂ­cio das vendas.
Por mais de uma dĂ©cada, algumas das funções encontradas no Simon puderam ser aproveitadas em palmtops, PDAs e outros dispositivos portĂ¡teis voltados aos profissionais. Hoje, tudo isso faz parte de um kit bĂ¡sico de aplicações presente em qualquer smartphone. Sem dĂºvidas, um aparelho que esteve Ă  frente de seu prĂ³prio tempo e assim morreu prematuro.

6. Microsoft Zune

Para muitos, o Zune da Microsoft possuĂ­a uma interface mais amigĂ¡vel do que a presente nos iPods Touch — que ainda dominavam com muita facilidade o mercado de players multimĂ­dia, ao lado de outros modelos da Apple. TambĂ©m Ă© preciso mencionar o design do aparelho, que era belĂ­ssimo para a Ă©poca em que foi lançado: a segunda metade da dĂ©cada de 2000. Mesmo assim, as vendas foram um fracasso.
Mesmo assim, o Zune nĂ£o foi completamente abandonado pela Microsoft. Depois de uma Ăºltima tentativa com o Zune HD — sendo o primeiro com hardware produzido pela companhia —, a empresa se aproveitou de tudo o que podia para o futuro. Em suma, a fabricante tomou as lições da interface, da loja de mĂºsicas e aplicativos e levou isso tudo para os projetos que viriam em seguida.
O Zune hoje Ă© limitado a um software, mas seu legado perdura. Alguns traços do design das lojas do Windows e do Xbox sĂ£o inspirados no Zune, por exemplo. Certamente, o dispositivo de reproduĂ§Ă£o de mĂºsica sofreu por nĂ£o conseguir ter um nome mais forte que o iPod e foi por isso que acabou falecendo antes do tempo.

7. Sharp Actius RD3D

Este notebook Ă© desconhecido pela imensa maioria das pessoas, mas o segmento que ele ajudou a inaugurar nĂ£o Ă©. Estamos falando dos computadores com suporte para vĂ­deos e jogos 3D. O Sharp Actius RD3D surgiu em 2004 e oferecia uma sĂ©rie de possibilidades para os consumidores, tendo a tela com suporte para vĂ­deos em trĂªs dimensões como o grande diferencial.
O problema Ă© que em 2004 nĂ£o existia a tecnologia atual para a produĂ§Ă£o de conteĂºdos tridimensionais. Tudo era limitado ao modo mais arcaico do 3D. Ou seja, era necessĂ¡rio utilizar Ă³culos com lentes coloridas para que a reproduĂ§Ă£o fosse compreendida da melhor maneira. Mas, como dissemos anteriormente, os conteĂºdos ainda eram fracos e quase nĂ£o houve adesĂ£o do mercado.

8. Apple Newton

TambĂ©m conhecido como Newton Message Pad, o Newton da Apple era o que muitos consideravam um avanço grande demais para o perĂ­odo em que foi lançado. Quando chegou ao mercado em 1993, poucos imaginavam que seria necessĂ¡rio ter tudo aquilo em um Ăºnico gadget.
HĂ¡ quem diga que ele foi um PDA antes de os PDAs da Palm chegarem para mostrar ao mundo que esse tipo de tecnologia era necessĂ¡ria. O mesmo se aplica aos tablets, que sĂ³ foram levados em consideraĂ§Ă£o pelos consumidores 14 anos depois.
Em suma, o Apple Newton era o tipo de aparelho que estava muito Ă  frente do que o mercado esperava e talvez nĂ£o tenha sido compreendido pelos compradores naquele momento. Assim como o IBM Simon, estava no mundo dos sensĂ­veis ao toque antes de isso ser exigido.

BĂ´nus: e o Google Glass?

Para fechar a nossa seleĂ§Ă£o de tecnologias que morreram antes da hora, temos um aparelho que ainda nem foi lançado oficialmente. Estamos falando dos Ă³culos de realidade aumentada da empresa de Mountain View.
VocĂª deve ter percebido que o nome dele veio acompanhado de uma interrogaĂ§Ă£o. O motivo para isso estĂ¡ no mistĂ©rio de como ele vai se comportar no mercado. Desde que os primeiros rumores surgiram, muitos pensam que este tipo de tecnologia Ă© realmente capaz de sacudir o mundo todo.
O problema estĂ¡ em como isso vai acontecer. A versĂ£o de desenvolvimento do Google Glass foi mostrada com valores muito acima do esperado e ainda nĂ£o se sabe como ele vai chegar em sua versĂ£o final. SerĂ¡ que a Google vai conseguir baratear o aparelho para fazĂª-lo viĂ¡vel ou teremos aqui mais uma tecnologia morta antes do tempo?

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VocĂª se lembra de alguma outra tecnologia que acabou sendo abandonada muito antes do que se esperava? Vale dizer que a aposentadoria precoce de tecnologias acontece com certa frequĂªncia, mas sĂ£o poucos os produtos e aparelhos que realmente deixam saudades.

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