Uma festa diferente e interativa! Uma mistura de arte, tecnologia, gente bonita e até espaço gastronômico. Depois de Paris e San Francisco, foi a vez de São Paulo receber mais uma edição do “The Creators Project”. Este ano, o evento que nasceu entre uma parceria da revista Vice e a Intel, foi realizado no Moinho, no tradicional bairro da Mooca. No primeiro dia, as atenções ficaram totalmente voltadas para as obras digitais e colaborativas.
"O observador não é só observador, ele participa de cada um adas obras com voz, movimento... Isso é muito legal para a pessoa e para o artista", comenta Tony Cebrian, CEO da Revista VICE.
Praticamente todas as obras apresentadas no Creators desse ano dependiam da interação do público para realmente existirem. E, certamente uma das que chamou mais atenção foi o “Treachery of Sanctuary” (lê-se Trítcherí of Sactuarí); em português, algo como a “Traição do Santuário”, artista Chris Milk. Em uma sala escura, três painéis representavam a vida, a morte e o renascimento. Com a distância limitada por um espelho d'água, os participantes viam aves interagir com suas sombras nas duas primeiras telas. E, na última, se surpreendiam ao abrir os braços e ver asas enormes surgirem.
Do lado de fora da sala, a obra “Meditation” convidava o público para uma reflexão através de três projeções vermelhas e a possibilidade de interagir com as luzes e sons por meio dos movimentos.
Na parede ao lado, cubos inteligentes desafiavam a criatividade dos participantes. A ideia do “Six-Forty by Four-Eighty” era libertar os pixels dos limites da tela para o ambiente físico. Os pixels físicos magnéticos mudavam de cor em resposta ao toque e ainda se comunicavam entre si utilizando o corpo humano como condutor de informação digital. Teve gente que passou um bom tempo ali, viajando nos quadradinhos.
Em seu primeiro ano no Creators Project, a obra da brasileira Raquel Kogan também divertiu a galera no primeiro dia do evento. Dominados pela curiosidade, quase todo mundo que passou por ali fez questão de olhar para dentro de pequenos buracos embutidos na parede.
"Você olha pro nada, que na verdade é uma câmera, que capta o seu olhar e aí você é praticamente visto por todo mundo. Na verdade, no olhar que colocamos tudo, então, isso é muito legal, é como se fosse uma memorabília", diz Raquel Kogan, artista O.lhar.
Usando mapeamento 3D e um aplicativo online para smartphones, este jogo-instalação também desafiou a galera. O OctoCloud também é uma obra que depende do público para existir; tudo o que o usuário faz no celular reflete nas ações na estrutura. Diversão garantida para todas as idades.
Usando mapeamento 3D e um aplicativo online para smartphones, este jogo-instalação também desafiou a galera. O OctoCloud também é uma obra que depende do público para existir; tudo o que o usuário faz no celular reflete nas ações na estrutura. Diversão garantida para todas as idades.
Outra curiosidade deste ano no Creators Project foi que nem só artistas participaram da criação das instalações. "Tem até outros artistas, pessoas do laboratório da Intel. Nossos artistas malucos que ficam lá inventando novos processadores mais rápido, tiraram o avental e se propuseram a discutir como a arte pode colaborar para a tecnologia", diz Cássio Tietê, diretor de novos negócios da Intel.
Diretamente dos laboratórios da Intel, o cientista-pesquisador norte-americano Doug Carmean utilizou duas câmera do kinect e um projetor 3D para criar um mural de fotos interativo através do popular Instagram. Segundo ele, seu desafio era encontrar novas formas de interação com a máquina, que não necessariamente o mouse e o teclado.
“Estamos tentando capturar a experiência, a essência e a vibração de como as pessoas se sentem em um evento como este”, explica Doug Carmean, engenheiro da Intel.
“Estamos tentando capturar a experiência, a essência e a vibração de como as pessoas se sentem em um evento como este”, explica Doug Carmean, engenheiro da Intel.
Ao publicar uma foto no aplicativo com a hashtag “creators”, a foto era automaticamente carregada e exibida na parede. Depois disso, o autor da imagem ainda tinha a opção de tocar a foto e definir seu estado de humor na hora daquele clique.
“Uma das razões pela qual eu trabalhei neste projeto é poder usar esta tecnologia e transferir ela pra dentro de casa. Espero que no futuro essa interação seja parte dos computadores que a gente usa", comenta Carmean.
No Creators Project também rolou gastronomia de primeira, muita música boa e até um lounge cheio de Ultrabooks. Mas isso você vê na semana que vem. Não perca! A gente conversou com a promissora rapper curitibana Karol Koncá e até com o produtor gringo AraabMuzik.
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