Muita gente parece não prestar muita atenção neles.
Mas, é importante saber: há muita diferença entre os modelos de
roteadores sem fios. Vamos a elas.Pedimos aos fabricantes
que têm operações organizadas no mercado brasileiro para que nos
mandassem seus melhores aparelhos. Assim, cada modelo testado no
Laboratório desse mês foi eleito por seus criadores como o melhor do
momento – pelo menos entre os que chegam para nós.
A Linksys nos enviou o seu Linksys E2500. A D-Link, o
seu Cloud Router 5700. E Intelbrás entrou na disputa com o seu WIN 240.
Vamos aos testes!
Velocidade
Para começar, é bom saber que os valores que os
fabricantes prometem nas embalagens dificilmente se repetem na vida
real. Até porque as velocidades prometidas só são alcançadas em
condições ideais: sem interferências e, principalmente, sem paredes.
Outro detalhe importante. Os roteadores são como
rádios. E, como tais, usam frequências para transmitir seus sinais pelo
ar. Os modelos da Linksys e da Dlink operam em duas frequências: 2,4 e 5
gigahertz – são o que os técnicos chamam de roteadores dual band. Já o
modelo da Intelbrás funciona apenas em uma frequência, a de 2,4
gigahertz. Aí, o Intelbrás levou desvantagem. Acontece que as maiores
velocidades de conexão geralmente só são atingidas na frequência de 5
gigahertz.
Então, colocamos o Linksys e o Dlink para competir na
frequência de 5 gigahertz. Para estabelecer um critério justo, nossos
testes foram feitos a duas distâncias com os dois roteadores. Num dos
testes, o computador foi colocado ao lado dos roteadores. No outro
teste, o micro estava a aproximadamente 30 metros de distância, com
algumas paredes no meio do caminho. Na hora da decisão, quem levou a
melhor – disparado – foi o modelo da DLink. No teste com o computador do
lado, ele cravou a velocidade de 146 megabits por segundo, contra 75 do
Linksys. Com o micro distante, a velocidade do DLink caiu para 122
megabits. Ainda assim, muito à frente do Linksys, que ficou com 68
megabits.
Já nos testes com o 2,4 gigahertz, as velocidade são
bem menores. Novamente, o Dlink ficou na frente. Com o micro perto, ele
registrou 34 megabits. Com o micro longe, 20 megabits. O Linksys veio
logo atrás. Com o micro do lado: empate. Também 34 megabits. Mas, quando
o micro foi levado para longe, a velocidade caiu para 9 megabits. Por
último veio o Intelbrás. Com o micro perto, a velocidade ficou em 28
megabits. Com o micro distante, o roteador alcançou 8 megabits.
Alcance
Esse é outro item que faz toda a diferença. Aqui, o
DLink continuou na frente. O roteador conseguiu transmitir para o micro
até cerca de 40 metros de distância. Em segundo lugar veio o Intelbrás. A
transmissão continou até cerca de 35 metros de distância. Por último
veio o Linksys, que começou a perder o sinal a partir dos 30 metros.
Interface
Aqui, uma boa notícia. Os 3 modelos apresentaram
interfaces simples e fáceis de manipular. O D-Link é o mais prático:
basta ligar o aparelho, conectar o cabo da internet e ligar o roteador a
um computador. Pronto. Daí para frente, ele faz tudo sozinho.
O Intelbrás também foi bem, com uma interface super simples
de instalar. Basta inserir o CD que acompanha o produto e seguir o
passo a passo, em português.
O Linksys também se mostrou fácil de configurar. O
único problema é que só dá para usar o modo automático de configuração
se a sua conexão com a internet estiver disponível. Para configurar esse
roteador sem estar conectado à Web, o caminho é bem mais complicado.
Outro item importante nos roteadores: o teste de
estabilidade. Não são raros os momentos em que os roteadores sem fio
simplesmente derrubam sua conexão com a Web. No caso desses três,
fizemos o teste com uma conexão contínua por 24 horas – e os 3 não
caíram nenhuma vez.
É claro que dá para analisar vários outros quesitos
relacionados aos roteadores, mas, acreditamos que esses são os
principais na hora de escolher um modelo. Só falta agora conferir o
preço.
Preço
Antes de passar à parte dolorosa do teste, uma
ressalva. O roteador da D-Link tem uma etiqueta de preço bem mais alta
que os outros dois. E a explicação é simples: esse é um roteador de
última geração, que foi lançado há relativamente pouco tempo mesmo nos
Estados Unidos. Ele já traz embutido um novo protocolo de transmissão
dados, chamado 802.11 AC. Mas, esse protocolo ainda é tão novo que são
bem raros os aparelhos capazes de usá-lo. Feita a ressalva, vamos ao
preço. O D-Link é, de longe, o mais caro: R$ 1.200! Em seguida, vem o
Linksys, custando cerca de R$ 300. Finalmente, o Intelbrás, por R$ 155.
Como
deu para notar, no Laboratório desse mês tem para todos os bolsos. Mas,
como você sabe, sempre precisa haver um vencedor. E, colocados os prós e
contras, a escolha do Olhar Digital como melhor roteador do mercado
nesse momento vai para o Linksys E2500. É verdade que ele não oferece o
mesmo desempenho do modelo da D-Link, mas o preço é bem mais palatável.
Por cerca de 300 reais você consegue conectar todos os seus aparelhos em
duas frequências, 2,4 e 5 gigahertz, com um aparelho moderno e bonito.
Logo em seguida, vem o Intelbrás. Por 155 reais, esse é um roteador
básico, mas que cumpre seu papel. Já o D-Link é foi o melhor em todos os
testes. Mas, o preço acabou tirando o aparelho da disputa.
Como sempre, no Olhar Digital.com.br tem mais
informação para você. Passe por lá e entenda as diferenças entre os
protocolos de transmissão sem fios que estão por aí. Os tais 802.11...
Tem o 802.11 G, o 802.11 N e, o mais recente, o AC. Acesse e saiba o que
a sopa de letrinhas significa. O link está junto a esse vídeo.
Aproveite!
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