Ni No Kuni: Wrath of the White Witch

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Ni No Kuni: Wrath of the White Witch

Conservador em essência, game conquista pela apresentação carismática

Disponível há mais de um ano no Japão, Ni No Kuni: Wrath of the White Witch finalmente deve chegar aos Estados Unidos em janeiro de 2013. Na mais nova produção da Level-5, os desenvolvedores unem suas forças com os profissionais do famoso Estúdio Ghibli para contar uma história repleta de magia e momentos marcantes.
Lançada no dia 4 de dezembro de 2012 na PlayStation Network, uma versão de demonstração do jogo permite ter os primeiros relances sobre sua história e seu sistema de combate. O pacote gratuito inclui dois pequenos trechos da aventura: enquanto no primeiro você enfrenta uma criatura elemental dentro de uma floresta, no segundo é preciso correr para chegar até o topo de um vulcão em menos de três minutos.



Confira abaixo as impressões do BJ sobre esse lançamento preliminar e descubra todos os detalhes que ele revela sobre a versão final deste título bastante aguardado.
Um game conservador
Em uma geração marcada pelo crescimento dos RPGs norte-americanos, impressiona ver o quanto Ni No Kuni se mantém fiel aos aspectos tradicionais que o gênero ganhou no Japão. Isso fica especialmente evidente na maneira como uma batalha se desenrola: após entrar em contato com um inimigo mostrado no mapa, o jogador é transportado para um campo de batalha com dimensões contidas.
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Os confrontos em si acontecem de uma forma que lembra bastante o sistema incorporado por Final Fantasy XII. Enquanto o controle analógico permite correr livremente pelo espaço que você tem à disposição (o que ajuda a evitar ataques), o direcional digital é usado para escolher ataques, cujo uso é limitado por um período de “esfriamento” automático que entra em ação após qualquer opção ter sido acionada.
Toda vez que uma opção é selecionada, o combate é paralisado para que você possa escolher quem sofrerá as consequências dela. Caso você se arrependa de sua decisão, basta apertar um botão para que ela seja cancelada, o que dá a você a chance de se defender de um ataque que se aproxima ou interromper as agressões feitas a um inimigo em modo de defesa.
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Durante a versão de demonstração, é possível optar pelo controle do personagem principal ou por um de seus bichos especiais, comandados de forma mais indireta. Embora você conte com a presença de outros personagens que lhe auxiliam durante os confrontos, a única forma de você interagir com eles é alterando a tática pré-programada de cada um.
Ao final da demonstração, a sensação que fica é a de que estamos lidando com um sistema de batalhas bastante convencional, cujas diferenças em relação a outros jogos do gênero são mostradas de forma sutil. Misturando elementos por turno e em tempo real, os confrontos do jogo ocorrem em uma velocidade rápida, embora eles também deem brecha para o uso de táticas mais elaboradas.
Anime em forma de game
O que mais surpreende em Ni No Kuni: Wrath of the White Witch é seu estilo visual remanescente das animações da Ghibli. Quem já viu longas como A Viagem de Chihiro ou Meu Vizinho Totoro vai reconhecer imediatamente os traços do estúdio, sempre marcado por uma mistura entre humanos realistas e personagens com características fantásticas.
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A Level-5 emprega a técnica do cell-shading de maneira bastante eficiente, realmente passando a sensação de que você está dentro de um desenho animado. Méritos devem ser dados ao designer responsável pela criação dos monstros da aventura que, mesmo perigosos, possuem traços que fazem você sentir certa simpatia por eles.
A trilha sonora também lembra bastante as obras do estúdio de animação, sendo caracterizada pelo uso de faixas instrumentais orquestradas bastante animadas. Porém, devido à pouca duração da demonstração, é difícil dizer se a qualidade das composições permanece a mesma durante todo o decorrer do jogo ou se há uma grande repetição de faixas e efeitos sonoros.
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No entanto, o que chama atenção é a qualidade da dublagem, marcada por vozes variadas que conseguem distinguir bem os diferentes personagens (com destaque especial para o sotaque estranho de Mr. Drippy). Para quem é fã de atores de voz japoneses, uma boa notícia: todo o trabalho de dublagem original estará disponível na versão norte-americana do game, podendo ser acionado simplesmente entrando nas opções do jogo.
Em busca de sentimentos
Aqueles que esperavam saber um pouco mais da história do game com a demonstração infelizmente vão ficar decepcionados. Fora poucas imagens estáticas que dão o panorama geral da trama, explicando os motivos pelo qual o protagonista Oliver se vê preso em um mundo mágico, a demo não oferece qualquer detalhe sobre os objetivos do herói, tampouco esclarece os motivos pelos quais outras pessoas entraram em seu grupo.
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Porém, há certos elementos de jogabilidade que permitem ao menos ter uma ideia do que esperar durante o jogo. Exemplo disso é um momento em que, para entrar em uma cidade, você precisa usar magias responsáveis por coletar sentimentos correspondentes ao entusiasmo dentro de um pequeno receptáculo.
Ao que tudo indica, além de ter que encontrar um meio para ressuscitar sua mãe, Oliver terá que lidar com uma ameaça que vai além de uma mera saga pessoal. A busca por novos sentimentos para seu arsenal deve servir como gatilho para diversas missões do jogo, e não é difícil imaginar a relação que existe entre os problemas vistos ao redor do mundo com os vilões do game.
Boas vibrações
Após passar cerca de 50 minutos com Ni No Kuni: Wrath of the White Witch (tempo que dura a demonstração), fica a sensação de que isso é muito pouco para realmente aproveitar o jogo. Embora não revolucione as regras típicas dos RPGs orientais, o game possui um charme único que tem o poder de manter os fãs do estilo presos em frente à TV.
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Infelizmente, será preciso esperar até janeiro de 2013 para conferir todos os detalhes da nova aventura, que tem tudo para ficar marcada como um dos melhores títulos do PlayStation 3. Porém, frente às perspectivas que indicavam que o jogo nunca chegaria até o mercado Ocidental, aguardar mais um pouco para conferir o game não chega a ser um grande sacrifício.

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