Questões financeiras, novos produtos e maturidade do mercado são motivos
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Brasil cai para quarta posição no mercado mundial
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Um passo atrás. Uma queda de 2% no volume de vendas derrubou o Brasil para a quarta posição no mercado mundial de computadores. O país, que em 2012 havia se consolidado no terceiro lugar, foi ultrapassado pelo Japão, que está atrás de China e Estados Unidos respectivamente.
"O mercado brasileiro performou aquém das expectativas", diz Camila Santos, analista de mercado do IDC.
Essa queda, segundo a consultoria IDC – responsável pelo levantamento –, é atribuída a uma série de variáveis que atingiu diretamente o mercado brasileiro de PCs.
"A diminuição de oferta de HDs por conta da enchente na Tailândia no final do ano de 2011 [foi uma causa]. O ano já começou um pouco atípico. Durante o decorrer do ano nós tivemos uma série de flutações na taxa do dólar, nós tivemos uma competitividade muito grande entre os fabricantes", afirma Santos.
Em 2011, um crescimento de dois dígitos mexeu com o setor e fez com que as expectativas fossem extremamente altas para o ano passado, mas isso não aconteceu. Agora a previsão para o consolidado de 2013 vai na direção oposta. A IDC espera uma queda de vendas ainda mais expressiva no setor este ano – 7% menos do que no ano passado.
"O mercado brasileiro, nesse momento, ele já atinge seu ponto ótimo de maturidade. O que quero dizer com isso é que nos próximos anos, muito possivelmente, nós não vamos mais acompanhar um crescimento de percentual de dois dígitos, por exemplo. [O mercado] vai se manter flat, diminuir a curto prazo e a um médio ou longo prazo aumentar em níveis reduzidos, realmente." diz Santos.
O crescimento da penetração de tablets também contribui para esse resultado. Mesmo que o dispositivo não seja visto como um substituto direto do computador. Mais do que isso, outra avaliação é que, em 2012, o consumidor brasileiro se endividou mais atraído com propostas de outros segmentos, como a queda de taxas dos produtos da linha branca e a redução do IPI para os automóveis.
Voltando aos tablets, a IDC também acredita que por ainda se tratar de um dispositivo relativamente novo e de menor valor, os consumidores acabam postergando a compra de um novo computador – o que também faz diferença.
Para Santos, "De certa forma a preferência nesse ano de 2012 pela compra de smartphones e tablets impactou o mercado de computadores."
Apesar da previsão pessimista ou simplesmente realista, mesmo com a queda nas vendas, o Brasil pode voltar a ocupar a terceira posição nesse ranking mundial este ano. Isso porque o Japão já é um mercado muito maduro e, consequentemente, um crescimento nas vendas de PCs aconteceria de forma ainda mais lenta. Somado a isso, a diferença entre os dois países é de apenas 80 mil peças vendidas. Ou seja, é difícil prever essa oscilação. Mas é possível dizer que o país não deve perder mais posições; logo abaixo do Brasil vem a Rússia, mas a diferença anual no volume de vendas de computadores entre esses dois países é de dois milhões de unidades.
No link que segue logo abaixo do vídeo desta matéria, você pode conferir todos os números desse levantamento. Acesse e confira.
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