Todos já sabemos – ou ao menos deveríamos saber – que o Brasil não está imune ao programa de espionagem da internet dos Estados Unidos. Nós inclusive explicamos o motivo porque também estamos sujeito a esse tipo de vigilância. Mas a pergunta que ficou no ar foi: será que não temos mesmo como escapar?
Tem quem aposte em navegadores que prometem anonimato na rede, mas a solução é ilusória. A criptografia seria uma saída. A tecnologia exige uma chave secreta para permitir o acesso a determinada informação; o objetivo é que apenas o destinatário certo e com a chave específica possa ter acesso àquela informação. Mas será que isso garante mesmo privacidade na internet?
"A criptografia é uma ciência que você pode usar para embaralhar seus dados e dificultar quem quer acessá-los e ter o conteúdo que você criou. Ela não é totalmente eficaz, é uma probabilidade. Eu posso levar anos para quebrar uma chave ou eu posso acertar na primeira vez. Ela vai criar uma barreira masd ela não é um método 100% eficiente", diz José Matias, diretor de suporte técnico da McAfee.
"A criptografia é uma ciência que você pode usar para embaralhar seus dados e dificultar quem quer acessá-los e ter o conteúdo que você criou. Ela não é totalmente eficaz, é uma probabilidade. Eu posso levar anos para quebrar uma chave ou eu posso acertar na primeira vez. Ela vai criar uma barreira masd ela não é um método 100% eficiente", diz José Matias, diretor de suporte técnico da McAfee.
Quando efetuamos uma compra online ou acessamos o banco, na maior parte das vezes, estamos usando a criptografia. Preste atenção no cadeado que aparece na barra de endereço do seu navegador. Clicando nele, você tem acesso ao certificado digital daquela página, que é nada mais do que uma chave criptográfica.
Segundo o especialista, a maioria dos serviços públicos de e-mail e redes sociais também conta com a possibilidade do uso da criptografia. Ela pode ser observada quando o endereço do site começa com “HTTPS” – aquele “S” indica o uso da criptografia. Mas esse recurso não é muito divulgado porque exige um esforço computacional muito grande dessas empresas. Mais do que isso, a criptografia não interessa às gigantes que fornecem serviço de internet, uma vez que elas também têm interesse nas suas informações.
"O usuário comum pode baixar alguns softwares que podem ajudá-lo usar a criptografia. Ele tem que tomar cuidado para entender o tipo de chave que está usando -- se usar chaves de um tamanho pequeno, como 40, 56, ou 64 bits ela pode ser facilmente quebrada por métodos já existentes na internet. É legal que você use chaves maiores, como as de 1024 ou 2048 bits. E, de preferência, quando você for fazer troca de informações com alguém, como mandar um e-mail, use uma chave assimétrica, que é diferente dos dois lados. O problema das chaves simétricas é que elas são iguais dos dois lados e enviam a chave, permitindo que o receptor quebre a criptografia", defende Matias.
"O usuário comum pode baixar alguns softwares que podem ajudá-lo usar a criptografia. Ele tem que tomar cuidado para entender o tipo de chave que está usando -- se usar chaves de um tamanho pequeno, como 40, 56, ou 64 bits ela pode ser facilmente quebrada por métodos já existentes na internet. É legal que você use chaves maiores, como as de 1024 ou 2048 bits. E, de preferência, quando você for fazer troca de informações com alguém, como mandar um e-mail, use uma chave assimétrica, que é diferente dos dois lados. O problema das chaves simétricas é que elas são iguais dos dois lados e enviam a chave, permitindo que o receptor quebre a criptografia", defende Matias.
A criptografia assimétrica usa duas chaves diferentes: uma pública e outra privada. A única capaz de traduzir a informação é a chave privada, assim, apenas o receptor pode traduzir o que qualquer um pode codificar. Já na criptografia simétrica, emissor e receptor possuem a mesma chave, que é capaz de codificar ou traduzir mensagens. Este é o método aplicado no envio de e-mails, por exemplo.
"Isso só vai proteger durante a comunicação. No momento que eu estou gerando um e-mail ou o receptor está recebendo o e-mail, a mensagem já não está mais protegida porque o computador não está encriptado", explica Matias.
"Isso só vai proteger durante a comunicação. No momento que eu estou gerando um e-mail ou o receptor está recebendo o e-mail, a mensagem já não está mais protegida porque o computador não está encriptado", explica Matias.
O mais indicado, para se manter seguro – talvez não da vigilância norte-americana – mas do crime organizado que cresce a cada dia na internet, é usar uma solução de segurança com antivírus e firewall. Bom, você também pode baixar softwares de criptografia, mas será que vale a pena?
"Corporações deveriam usar criptografia, principalmente em suas bases de dados onde guardam informações de seus clientes. Já no caso do usuário, apenas uma solução de segurança já é suficiente para ele se proteger", explica Matias.
De qualquer forma, se você optar por qualquer aplicativo de criptografia, tome cuidado. Escolha produtos de empresas com nome no mercado; softwares gratuitos e sem uma grande companhia por trás podem ser uma armadilha. Nós separamos um link para você que quer entender melhor o que é a criptografia e até um pouquinho da sua história, dicas de segurança na web e até um link para baixar um plug-in que mostra informações de segurança sobre sites antes mesmo que você clique em um site arriscado. Acesse e confira...
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