Julgamento em curso envolve conceitos e decisões mais que difíceis
Há torcida dos dois lados. Quem defende a Apple argumenta que a empresa criou várias inovações e que não pode ser penalizada, vendo suas ideias copiadas e revendidas por outros. Quem defende a Samsung alega que se a vontade da Apple for respeitada, o potencial de inovação de todo mundo fica diminuído, já que o sistema de patentes criado na era industrial não se adapta perfeitamente à era digital. Como quase sempre acontece quando questões complexas como essas são discutidas, a verdade dificilmente estará totalmente num córner ou no outro do ringue.
Ao acompanhar o noticiário (e sem ter simpatia ou antipatia por qualquer das marcas; são apenas empresas atrás do maior lucro possível, como toda e qualquer empresa), dois pensamentos antagônicos se aninharam em minha cabeça.
Como leigo no assunto, parece-me (até onde um leigo pode enxergar) que o sistema de patentes talvez precise mesmo de uma revisão. E a lógica aqui é quase cartesiana: se a era digital está forçando a revisão de quase tudo, de leis a comportamentos, de regimes a sonhos, por que o sistema de patentes estaria imune? Deixo a pergunta no ar, à busca de respostas, que o time da redação do Olhar Digital já está indo atrás.
De outro lado surge outra pergunta: por que o que vale para, digamos, automóveis, não deveria valer para smartphones ou tablets? Todos os carros fazem basicamente o mesmo: têm quatro rodas (já houve experimentos com outras quantidade, é verdade) e se movem, com mais ou menos conforto, com mais ou menos velocidade. Mas, na essência, todos fazem o mesmo: comportar e transportar passageiros. Com smartphones também: são aparelhos criados para chamadas telefônicas e para nos conectar com o mundo digital. Mas, aí reside uma diferença crucial. Apesar de serem automóveis, ninguém confunde um Volkswagen com um Volvo. Tampouco um Fiat com um Ford, um Citröen com um Hyundai. E se cada uma dessas montadoras tivessem modelos muito parecidos com seus concorrentes, a confusão seria gigantesca. Então por que a regra não deveria ser a mesma para os eletrônicos? Por que é admissível confundir um Galaxy Tab com um iPad, ou um smartphone Samsung com um da Apple?
Ao acompanhar o noticiário (e sem ter simpatia ou antipatia por qualquer das marcas; são apenas empresas atrás do maior lucro possível, como toda e qualquer empresa), dois pensamentos antagônicos se aninharam em minha cabeça.
Como leigo no assunto, parece-me (até onde um leigo pode enxergar) que o sistema de patentes talvez precise mesmo de uma revisão. E a lógica aqui é quase cartesiana: se a era digital está forçando a revisão de quase tudo, de leis a comportamentos, de regimes a sonhos, por que o sistema de patentes estaria imune? Deixo a pergunta no ar, à busca de respostas, que o time da redação do Olhar Digital já está indo atrás.
De outro lado surge outra pergunta: por que o que vale para, digamos, automóveis, não deveria valer para smartphones ou tablets? Todos os carros fazem basicamente o mesmo: têm quatro rodas (já houve experimentos com outras quantidade, é verdade) e se movem, com mais ou menos conforto, com mais ou menos velocidade. Mas, na essência, todos fazem o mesmo: comportar e transportar passageiros. Com smartphones também: são aparelhos criados para chamadas telefônicas e para nos conectar com o mundo digital. Mas, aí reside uma diferença crucial. Apesar de serem automóveis, ninguém confunde um Volkswagen com um Volvo. Tampouco um Fiat com um Ford, um Citröen com um Hyundai. E se cada uma dessas montadoras tivessem modelos muito parecidos com seus concorrentes, a confusão seria gigantesca. Então por que a regra não deveria ser a mesma para os eletrônicos? Por que é admissível confundir um Galaxy Tab com um iPad, ou um smartphone Samsung com um da Apple?
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