Como um homem pulou de paraquedas da estratosfera

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Como um homem pulou de paraquedas da estratosfera

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TVs e jornais do mundo inteiro noticiaram a façanha do paraquedista austríaco Felix Baumgartner. No dia 14 de outubro, ele quebrou recordes ao saltar da estratosfera, a 39 mil metros de altura! Isso mesmo; 39 quilômetros acima da Terra!
Foram quatro minutos e vinte segundos de queda livre e Felix se tornou o primeiro homem a quebrar a barreira do som em queda livre, atingindo a velocidade de 1.342 quilômetros por hora. O austríaco chegou até a estratosfera dentro de uma cápsula erguida por um enorme balão de gás hélio.
O traje espacial pressurizado foi projetado especialmente para esta missão. A roupa suporta variação de temperatura entre 100° e menos 90º Celsius além de ser à prova de fogo. Do tamanho de um disco de hockey, o “controller” é o cérebro do traje espacial usado por Felix; trata-se de um mecanismo eletrônico que tem uma missão principal: manter a pressão constante dentro do traje, independentemente das diferentes altitudes.
O capacete usado por Felix foi o responsável por controlar o oxigênio que chegou até o paraquedista durante toda a missão. Com um circuito de aquecimento integrado, a viseira é à prova de embaçamento e gelo. O capacete também estava equipado microfone e fones de ouvido para contato constante com o controle de missão.
No peito, Felix levou uma espécie de caixa preta ultramoderna. Ali ficaram gravados todos os dados da missão: velocidade, posição e altitude. Nesta caixa estavam também o transmissor de voz e receptor que se conectava ao capacete, um GPS para rastrear a sua posição, um equipamento de telemetria e uma câmera de alta definição com vista de 120 graus.
Como é de se imaginar, nunca um sistema de paraquedas pessoal foi usado para uma queda livre deste gênero.  Foram anos de desenvolvimento e testes para criar um paraquedas especial para este salto. O equipamento estava programado para abrir automaticamente dependendo da altitude e velocidade atingidas pelo austríaco. Claro, havia também um paraquedas reservas para caso de emergência. Além disso, havia uma espécie de par de “asas”, preparadas para estabilizar o corpo de Felix caso fosse necessário. Um dos maiores riscos era que Felix começasse a girar no espaço, o que poderia causar danos cerebrais ao aventureiro.
Enquanto saltava em direção a Terra o austríaco também quebrou um recorde na internet: a transmissão ao vivo do salto, pelo YouTube, tornou-se o “livestream” com o maior número de visualizações simultâneas da história do site. Segundo dados do YouTube, o vídeo alcançou incríveis 8 milhões de visualizações em seu pico.

Todo o sistema de câmeras usado na missão estava pronto para operar em gravidade zero, no vácuo frio do espaço ou em quaisquer outras situações extremas. Na capsula havia nove câmeras HD; três câmeras de cinema com resolução 4K e mais três câmeras portáteis de alta definição. No traje usado por Felix, mais três câmeras pequenas de alta definição: uma em cada coxa e uma no peito.
As câmeras instaladas na capsula eram todas controladas remotamente a partir do centro de controle da missão. As imagens eram simultaneamente gravadas em um disco rígido externo e transmitidas via satélite em tempo real para a Terra. Para realizar a transmissão ao vivo de algo a 39 quilômetros acima da Terra, um sistema de rastreamento foi desenvolvido com recursos que lançaram mão até do infravermelho para câmeras de alta definição.
Na base da missão foram usadas uma câmera de alta definição que capta até 60 quadros por segundo, uma câmera de cinema 4k, uma câmera de infravermelho de ondas curtas e uma câmera fotográfica digital. No ar, durante a maior parte da missão, um helicóptero também equipado com uma câmera HD estabilizada com um sistema de giroscópio de alta precisão completou o show.
Com tantas imagens impressionantes, o salto de Felix entrou para a história e para a memória visual de milhões. 

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