A mistura de quase tudo que há de bom no gênero colocada no mesmo MMORPG
O mercado de MMORPGs apresenta muitos tÃtulos diferentes, dos mais simples e infantis até os mais robustos e, consequentemente, conhecidos. Dentre eles, é possÃvel mencionar World of Warcraft, Star Wars: The Old Republic, Tera e Guild Wars 2 como alguns dos principais nome do momento. A grandeza desses tÃtulos não é por acaso: cada um é excelente do seu próprio modo, focando em determinados elementos caracterÃsticos de cada um.
Pode parecer exagero, mas tendo jogado no Closed Beta de Dungeons & Dragons Neverwinter, consigo afirmar que ele é uma junção dos elementos melhores elementos vistos nos games listados acima: a exploração detalhada e as profissões de WoW, a narrativa aprofundada de SWTOR com personagens dublados, tal como o combate mais realista e dinâmico presente em Tera e GW2. Apesar disso, obviamente, D&D Neverwinter não é perfeito. Ainda.
Talvez você conheça os tÃtulos D&D Online e Neverwinter Nights, certo? Pois é quase possÃvel dizer que D&D Neverwinter não tem relação com a história deles, embora pareça uma mistura dos dois. Do primeiro, você tem a exploração das masmorras, encontrando passagens secretas e evitando armadilhas, enquanto do segundo se encontra a fidelidade ao sistema D&D: escolha de Feats, Power Attacks e rolagem de dados para descobrir seus atributos iniciais.
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É o visual que WoW deveria ter
Não há como enganar: por mais que WoW seja um jogo realmente excelente e tenha um ótimo público, os seus gráficos já estão ultrapassados. E muito. Se você olhar D&D Online vai reparar o mesmo problema, porém com o ônus de uma jogabilidade ruim. No caso de D&D Neverwinter, ele mantém a atmosfera “medieval” desses tÃtulos, porém apresenta certo nÃvel de realismo em seu visual, tendo muitas paisagens de cair o queixo.
O tutorial do jogo, que dura até o nÃvel 4, é suficiente para você ter uma boa noção da qualidade dos gráficos: repleto de animações para complementar a história, é possÃvel conferir um oceano muito bem trabalhado, bem como efeitos de luz e sombra alucinantes que em muitas vezes fazem você se lembrar um pouco de Skyrim. As texturas dos cenários também fazem você ficar extasiado pelo realismo – claro, isso considerando os limites de um MMORPG.
“Eu ouço vozes... Todo o tempo”
Quem jogou SWTOR com certeza ficou maravilhado com o fato de todas as missões terem os seus textos narrados, cada qual com o seu próprio dublador, sem falar na possibilidade de escolhas morais. No caso de D&D Neverwinter, o primeiro elemento está presente: cada personagem é dublado e o texto da missão é narrado por completo. É uma pena o seu personagem não falar nada, quase que seguindo o clássico modelo do “herói sem nome”.
Ainda em relação à dublagem, é interessante notar que os personagens são bem interpretados; por exemplo: um dwarf tem um sotaque meio irlandês forçado, enquanto uma senhora idosa... bem, tem voz de velha. Outro detalhe desse aspecto é que os NPCs falam de quando em quando, mesmo sem você interagir com eles – o que acaba sendo muito irritante, pois a frequência da repetição das mesmas frases é ridiculamente alta.
Ainda sobre os sons de D&D Neverwinter, não podemos deixar de notar a variedade de sua trilha sonora: não apenas as músicas de fundo combinam com os cenários, como também são longas e você nem percebe a sua repetição. Além disso, existe uma diferente para cada local, sem mencionar a sua mudança ao inÃcio dos combates. E ainda, mesmo quando não há música nenhuma, sons de ambiente se fazem presentes: tudo varia conforme o cenário e a missão.
Botando pra quebrar
Embora o sistema de combate visto no Closed Beta de D&D Neverwinter ainda tenha que sofrer algumas correções, já é possÃvel dizer que ele é muito bem elaborado, lembrando Tera nesse quesito. As suas principais qualidades são o dinamismo e a eficiência dos comandos. Dinamismo aqui seria o oposto do combate de WoW: se um inimigo está carregando um ataque, ele vai errar o golpe caso você saia do alcance da sua arma.
Eficiência é no seguinte sentido: todos os atalhos você usa com a mão esquerda, sem tirá-la do lugar e tendo um limite máximo de ataques que pode usar – confesso que com atalhos de 1 a “=”, volta e meia é preciso olhar o teclado para não acionar um golpe errado. Nesse aspecto, outro ponto a ressaltar é a sinalização de golpes: o jogo indica com marcações vermelhas no chão onde golpes perigosos atingirão – algo que é novidade na última expansão de WoW.
Sobre o combate em si, nota-se que você não consegue passar pelos inimigos como se eles não estivessem lá, o que também acontece com alguns NPCs nas cidades (você esbarra neles). Além disso, o seu adversário nunca desiste: se a perseguição começou, ele vai pular qualquer obstáculo para alcançar o seu personagem. Isso, no entanto, acaba sendo ruim: com o respawn alto nas áreas, você precisa fazer verdadeiras chacinas para seguir o seu caminho.
Cada classe tem uma jogabilidade
Conforme a classe escolhida para jogar, você consegue se virar sozinho durante muito tempo. Isso, no entanto, é apenas possÃvel caso você saiba usar a opção de esquiva (ou defesa) no tempo certo para levar a menor quantidade de dano possÃvel, bem como se valer de poções de cura – no Closed Beta, é possÃvel chegar ao nÃvel 24, por exemplo, sem nunca fazer uma party, apenas com a ajuda de um companion curandeiro (NPC alugado, obtido no lv16).
Mas não se engane: a dificuldade dos combates é elevada (mesmo daqueles travados ao ir de um ponto A até um ponto B), exigindo muita concentração e bons reflexos. O desafio é elevado exponencialmente em dificuldade se você jogar no modo PvP, pois aà apenas o trabalho em equipe vai salvar o seu couro – vale mencionar aqui o sistema embutido no game de conversa por voz, algo que também existe em WoW, mas que não funciona direito.
Além de existirem cinco classes, cada uma apresenta três “Paragon Paths” (especializações). Ou seja, não importa a sua função, você sempre pode ser um estrategista, alguém preocupado com a sobrevivência ou uma pessoa exclusivamente focada na função primária da sua classe. Em termos de jogabilidade, o Trickster Rogue (ladino) bate forte rápido e o Devoted Cleric (curandeiro) usa a mesma magia para bater de longe e para curar.
Já o Control Wizard (mago) usa magias para bater de longe, valendo-se de gelo para impedir o avanço inimigo. O Great Weapon Fighter (lutador) usa armas gigantes, as quais batem muito, porém devagar – por isso, é preciso estar sempre correndo para fugir de ataques. Por fim, o Guardian Fighter(lutador) usa um escudo com uma espada pequena, praticamente ficando plantado no chão enquanto leva golpes, ativando habilidades apenas para aumentar a defesa.
Fidelidade ao sistema de RPG de mesa
Como era de se esperar, nem tudo em D&D Neverwinter consegue preservar uma fidelidade absoluta em relação ao sistema de “RPG de mesa” Dungeons & Dragons (exceto, talvez, se for considerada a sua edição mais recente, não as antigas). Porém, como alguém que participou assiduamente de sessões de jogatina semanais desse e de outros sistemas, posso dizer que jogar este MMORPG passa a impressão de estar vivendo como o seu personagem.
Em outras palavras, jogar D&D Neverwinter faz você sentir que está jogando o RPG de mesa, sobretudo devido a uma certa liberdade que você tem para explorar as dungeons: armadilhas estão por toda parte, um baú pode virar um monstro, é possÃvel encontrar passagens secretas ao mover livros de estantes, entre outros elementos. Além disso, conversar com NPCs faz você conseguir informações novas sobre a história (procedimento-padrão em RPGs de mesa).
Além disso, uma das caracterÃsticas mais relevantes de fidelidade é o fato de o seu personagem nunca recuperar vida durante as dungeons (exceto em zonas seguras e com poções). Todavia, comparado à s sessões do RPG de mesa, você ganha experiência muito rapidamente e não precisa tanto interagir com o grupo. Contudo, considerando que os “dias de batalha” eram sempre os mais aguardados, o MMO oferece o que muitos preferem.
A quantidade de raças disponÃvel para você criar personagens é excelente porque é bastante variada. Entretanto, o mesmo não pode ser dito sobre as classes: muito embora tenham especializações, elas não chegam nem perto de um quinto do número de classes disponÃvel no sistema D&D – isso ao juntar as quatro edições, somando um total de 24 alternativas.
Free-To-Play: será que vai?
Ao olhar os itens disponÃveis na loja de D&D Neverwinter, que aceita apenas a moeda ZEN (adquirida com dinheiro real), é possÃvel afirmar que há boas chances de ele não ter adotado o modelo “Pay To Win”. Afinal, teoricamente, todo jogador consegue os itens bons do game da mesma maneira. Na loja, as opções seriam mais estéticas e de conveniência, como pergaminhos de ressurreição imediata, mais espaço no banco, montarias exóticas e afins.
Outro ponto relacionado a isso é a existência do Foundry: um sistema no qual qualquer jogador pode criar suas próprias dungeons personalizadas. Ou seja, além de isso ser gratuito e uma maneira de sempre haver conteúdo novo para você explorar, acaba sendo uma maneira interessante de ganharAstral Points, uma moeda secundária de aquisição limitada dentro do jogo, que serve principalmente para você realizar melhorias nos seus equipamentos.
Comandos
- Teclas W, A, S e D: movimentação;
- Teclas Q, E e R: poderes de encontro;
- Teclas 1 e 2: poderes diários;
- Teclas 3, 4 e 5: itens de utilidade;
- Tecla 6: aciona a montaria;
- Cliques esquerdo e direito: poderes à vontade (golpes básicos);
- Barra de espaço: pulo;
- Shift: esquiva, corrida, teleporte, deslize ou guarda (depende da classe);
- Tecla F: interage com cenário, objetos, NPCs e jogadores;
- Tecla I: inventário;
- Tecla J: missões;
- Tecla M: mapa;
- Tecla N: profissões;
- Tecla "=": gerencia o companheiro atual;
- Esc: abre o menu.
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