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E3 2013: a ambição e o sonho da Bungie em um só jogo

Ambicioso. Talvez essa seja a melhor forma de descrevermos Destiny. O novo jogo da Bungie foi anunciado já há algum tempo, mas continua sendo um grande mistério para muita gente. Nem mesmo as apresentações feitas durante a conferência da Sony e no estande da Activision na E3 ajudaram a esclarecer um pouco daquele que a criadora de Halo descreve como seu maior projeto.
Em busca de respostas, visitei o estúdio da Activision para conversar pessoalmente com alguns dos desenvolvedores do título na tentativa de saber um pouco mais sobre o game e toda a grandiosidade que nos foi prometida. E para a minha surpresa, em vez de um típico desenvolvedor norte-americano, me deparo com um sorridente brasileiro me esperando para a entrevista.

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O gaúcho Christian Diefenbach é um dos principais responsáveis pela equipe de programação do game e um dos mais empolgados com as novidades que estão por vir. Formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e trabalhando na Bungie desde 2008, não foram poucas as vezes em que ele demonstrou sua paixão pelo game ao nos prometer “a melhor experiência possível em um FPS”.
“Destiny é o jogo que nós sempre quisemos fazer e que só foi possível graças ao suporte dado pela Activision”, conta Diefenbach. “Com ele, queremos criar uma coisa nova dentro do gênero, focar em algo mais social; algo novo para atender a toda e qualquer necessidade do jogador”.
E é exatamente essa mistura de FPS com MMO que nós vimos na demonstração exibida durante a E3. E como todo jogo cujo universo persiste e não desaparece quando o console desliga, ele possui um enorme pano de fundo que serve para contextualizar a situação e nos permite entender o que podemos fazer nesse incrível mundo aberto.

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Segundo o programador-chefe, a história de Destiny se passa na Terra, embora possamos explorar outras áreas do Sistema Solar. No entanto, como foi possível perceber nos vídeos liberados, o planeta não é mais tão familiar assim, já que a humanidade decidiu conhecer outros mundos e deixou seu lar desprotegido, permitindo que outras raças e seres conquistassem o local.
Sem uma casa e um lugar para voltar, as pessoas iniciam uma guerra na tentativa de recuperar aquilo que já foi delas um dia. E é aí que seu personagem entra em ação. Como um dos guerreiros da última cidade sobre a proteção do Viajante – a estranha esfera que apareceu em todo o material promocional até agora –, você irá traçar seu caminho para se tornar uma lenda.

Do seu jeito

A linha que separa Destiny de um MMO é bem tênue. O jogo compartilha várias características desse gênero, mas sem abandonar outros elementos que o tornam um típico FPS de consoles. Exemplo disso é que, apesar de exigir uma conexão constante com a internet e você poder encontrar outros jogadores para interagir ou se unir em uma missão, ele continua tendo sua campanha para ser finalizada.



E a forma como isso pode ser feita varia de acordo com o estilo de cada indivíduo. “Se você quiser, pode completar a história sozinho em uma experiência single player”, explica Diefenbach. “Mas você também pode se juntar a seus amigos para que possam avançar juntou ou participarem de eventos públicos com desconhecidos, como mostramos na demonstração da E3”. Momentos dedicados para o combate entre jogadores, mas isso será explicado mais para frente.
O evento público que o programador se refere é a cena em que uma enorme nave cai dos céus e dezenas de outros jogadores se unem para combater os invasores. Segundo ele, momentos como esse se repetirão várias vezes ao longo da campanha e em diferentes pontos do enorme mundo criado pela produtora. “É você quem decide se quer participar ou se prefere dar a volta e continuar seguindo seu rumo. Ninguém está preso à história ou a nada”.
E para que tudo isso seja possível, o ambiente online é fundamental. “Destiny tem um universos vivo e persistente. Mesmo quando você não está jogando, as coisas mudam” explica Diefenbach sobre por que o game exige que o jogador esteja sempre online. “Trata-se de algo muito maior do que simplesmente colocar o disco no vídeo game”.

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No entanto, a frase “sempre online” sempre nos causa arrepios, visto as tragédias que foram o lançamento de Diablo III e SimCity por conta dessa mesma exigência. E por mais que a desenvolvedora está ciente desses problemas e que já está pensando em formas de oferecer o melhor suporte possível para que fiascos como esses não se repitam – principalmente se levarmos em consideração que ele chegará a quatro plataformas.

Criando seu personagem

A Bungie também quer inovar na jogabilidade. E não apenas na parte central, com mecânicas novas e diferentes daquelas que vimos em outros FPS, mas também na parte estética.
Primeiramente, o apelo visual do game é enorme. Na demonstração exibida pela empresa, podemos ver o cuidado que a equipe artística teve para criar um planeta Terra futurista totalmente devastado, mostrando uma grandiosidade opressora e, ao mesmo tempo, vazia. Ele está praticamente irreconhecível, se encaixando muito bem na proposta de ser um mundo que deixamos para trás.

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Além disso, os próprios jogadores podem construir aquilo que eles verão – ou melhor, no que os outros vão enxergar. A Bungie se preocupou em trazer várias ferramentas de personalização para que possamos criar uma identidade própria para nosso herói. São pequenas alterações no estilo de sua armadura ou nas suas armas que permitirão que seus amigos e outros desconhecidos saibam quem você é e por onde passou para chegar até ali.
Esse tipo de coisa parece bastante básica para jogadores de MMO, mas que parece ter grande importância para o estúdio por conta do apelo que isso tem na ambientação. “Queremos que um jogador novato olhe alguém mais experiente e pense ‘Nossa, quero ser assim um dia’ e permitir que isso realmente aconteça. Queremos que ele evolua e molde seu herói da maneira que quiser”, aponta Diefenbach.
Outra adição estética que serve apenas para aprofundar a narrativa de Destiny é o sistema de raças. Escolher entra humanos, Awakens e Exo é algo que não vai mudar em nada a forma como você vai jogar, mas em sua apresentação para as outras pessoas.
Por outro lado, o sistema de classes é o que vai definir as novidades do game. Por mais que as diferenças básicas de cada uma delas seja bastante semelhante às classes de outros jogos – os Hunters são melhores em ataques à distância, os Titans com golpes físicos e Warlocks com ataques mágicos –, são suas habilidades únicas que vão dar ritmo aos combates e salvar sua vida na luta pela reconquista da Terra.

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Isso aprece em vários momentos da demo. A mais icônica é a última cena da apresentação, na qual o personagem salta em meio ao combate para disparar uma energia púrpura contra o inimigo – revelando uma das habilidades únicas dos Warlocks.
“São personagens com características diferentes e formas de progressão únicas”, detalha o programador com seu ainda impecável sotaque gaúcho. ‘Quisemos fazer não apenas algo equilibrado, mas que também conquistasse o jogador a ponto de não fazê-lo se arrepender de sua escolha inicial.

Para o presente e para o futuro

Destiny está em desenvolvimento já há algum tempo. Como ele é o projeto dos sonhos da Bungie, boa parte de seu conceito está pronto, mas foi somente em 2009 que a empresa começou realmente a botar a mão na massa para criar um motor gráfico que pudesse suportar tanta ambição de uma só vez.
E a empresa sabe que um projeto desse não pode ser contido somente na atual geração. Tanto que Diefenbach conta que o estúdio fez com que a engine aproveitasse ao máximo o potencial do PlayStation 3 e Xbox 360 para que ela já pudesse ser levada para os novos consoles. É por isso que não teremos grandes diferenças entre as duas versões.

                                                              

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