DmC: Devil May Cry

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DmC: Devil May Cry

O reino dos demônios finalmente ganha um toque ocidental


Desde que DmC foi anunciado pela Ninja Theory, a reação do público tem sido extremamente dividida. Quem não tinha contato com a franquia não viu problema algum com o fato do game sair dos estúdios internos da Capcom, no Japão. No entanto, os fãs de longa data ficaram atormentados com o passado da desenvolvedora ocidental (criticada por Heavenly Sword e Enslaved), principalmente frente a possíveis mudanças de temática e jogabilidade.
(Fonte da imagem: Baixaki Jogos)
A primeira das reclamações, o visual de Dante, parece ter sido ouvida, já que o personagem não parece mais um rapaz doente e magricelo, com o rosto manchado. Atualmente ele está ligeiramente mais encorpado, ainda que com um sorriso tipicamente inglês e sujo. Como pudemos testemunhar em nossos testes, os palavrões parecem ser a especialidade dele, já que as provocações rolam soltas na tela. Acreditamos que há outras formas mais limpas de mostrar sarcasmo, mas é uma questão pessoal, de gosto.
Serviço pela metade
É durante as cutscenes, as passagens animadas, que vemos a interação de Dante com o mundo à sua volta. Para a nossa decepção, é também nas cutscenes que estão hoje as maiores quedas na taxa de quadros por segundo. As cenas são picotadas, e desconfortáveis aos olhos. Acreditamos que isto ainda deva passar por ajustes até o lançamento.
Seriam estas quedas de desempenho um indicativo para as partes de gameplay? Aparentemente, não. Apesar de rodar a apenas 30 quadros por segundo (contra 60 dos games anteriores), DmC consegue manter a taxa relativamente estável, quebrando outro dos medos dos fãs. Em nenhum momento tivemos nossas táticas de combate prejudicadas.
Hora dos saltos na plataforma (Fonte da imagem: Baixaki Jogos)
Nos trechos em que o cenário começou a se fragmentar, no entanto, pequenas pausas ocorreram, a ponto de quase errarmos o pulo e um golpe de grudar na parede.
Rachando demônios
Deixando a parte técnica e voltando ao gameplay, tivemos uma demonstração realmente próxima dos jogos anteriores. Dante precisou ir de trecho em trecho da cidade caçando as câmeras de segurança demoníacas. A sequência é conhecida: ir até as regiões destravadas, detonar inimigos até portões se abrirem e repetir o processo algumas vezes.
A monotonia é quebrada por alguns momentos de plataforma. Neste ponto chegamos à dualidade do protagonista. Com um comando ele pode soltar golpes angelicais. Com eles, Dante é ágil e mortal, mas tenta sempre ganhar os céus, com saltos e outras manobras.
(Fonte da imagem: Baixaki Jogos)
Do lado oposto, segurando o gatilho direito, você desenterra seu lado demoníaco, modificando os golpes para que eles fiquem mais lentos, no entanto devastadores. Cada pancada acertada é incrivelmente satisfatória, uma vez que os oponentes se desfazem em um banho de carne podre.
Depois de brincarmos um pouco nas lutas, chegamos à porção de plataforma do estágio. A presença de um mal começou a distorcer o universo, gerando fendas mortais para Dante. Aqui foi onde presenciamos as pequenas quedas de desempenho, mas as mesmo tempo percebemos como a combinação de saltos duplos e dashes angelicais pode ser divertida. Fim da primeira demonstração.
Vômito infernal
Ainda no mesmo estande, havia a possibilidade de jogar outro trecho de DmC, desta vez contra um chefe, uma espécie de crustáceo do inferno com cabeça de humano e corpo pútrido. Não demorou para que os dois personagens começassem a trocar as mais grotescas ofensas na tela. O chefão, para acabar com a sua vida, vomita uma chuva de ácido. A imagem na tela é bem nojenta, com belo efeitos de iluminação para o cenário.
Discussão no inferno (Fonte da imagem: Baixaki Jogos)
Com a luta começando, você deve achar o equilíbrio perfeito entre distância e ataque. O demônio estica as patas para pegá-lo, desce com o corpo para tentar esmagar tudo que está em seu caminho e ainda vomita mais vezes quando você fica muito tempo por perto.
Depois de algumas pancadas, chegamos à segunda fase do combate. Nela tivemos que combinar as habilidades de puxar e saltar para pontos no cenário, com a ajuda dos poderes angelicais e infernais. Com o chefe dependurado no meio do cenário, tivemos que ser rápidos para finalizar a luta. Na primeira vez falhamos, e o oponente recuperou parte de sua vida, regressando a luta ao seu estágio anterior.
Hora de disribuir chutes (Fonte da imagem: Baixaki Jogos)
Toque ocidental
Depois de obtermos sucesso, saímos dos testes com boas impressões. O jogo ainda precisa de melhorias, mas já percebemos que a Ninja Theory está evoluindo na criação dos sistemas de combate dos seus jogos. Os comandos são suaves, Dante tem uma animação caprichada e diferente para cada golpe e é satisfatório conectar um ataque ao outro.
A mecânica da dualidade dos golpes exigirá dos jogadores habilidade, mas sempre com recompensas pelo esforço.
DmC é visivelmente ocidental, contudo a influência da Capcom pode ser notada em todos os aspectos do game. Será o recomeço da franquia superior aos games clássicos? Somente o tempo dirá. Felizmente, o novo episódio já apresenta qualidades suficientes para estabelecer um patamar próprio.

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