Certamente a imagem de pessoas correndo é a primeira a vir à sua cabeça quando se fala em uma maratona. Mas esta semana o Olhar Digital subiu a serra para acompanhar uma competição um pouco diferente. Fomos a Petrópolis, no Rio de Janeiro, onde rolou uma Maratona de Programação Paralela.
As equipes de atletas intelectuais são formadas por universitários e pós-graduandos em Ciência da Computação, Engenharia de Computação e outros cursos similares. Ele vieram de diferentes partes do Brasil, e, trancados nesta sala, tiveram uma tarde inteira para resolver até nove problemas usando a chamada “programação paralela”. Traduzindo, é a tentativa de resolver um problema usando a máxima capaciade de um computador.
"A maratona visa pegar um problema, que foi construído para um processador, e tentar construir este mesmo problema para mais de um processador", afirma o professor Calebe Bianchini, pesquisador da Universidade Mackenzie.
"A maratona visa pegar um problema, que foi construído para um processador, e tentar construir este mesmo problema para mais de um processador", afirma o professor Calebe Bianchini, pesquisador da Universidade Mackenzie.
O papo não é dos mais simples. Mas, são estudantes como esses que podem criar as soluções tecnológicas de hoje e do futuro. Para eles, nem é tão complicado assim.
"A gente recebe um algoritmo pronto que é sequencial, que vai ser executado do começo ao fim e vai ter um certo tempo de execução e o que nós queremos fazer é dividir o problema para várias máquinas e, com isso, reduzir o tempo de processamento. Uma coisa que demorava 10 minutos, pode demorar 2 minutos, 1 minuto, ou até menos", explica Fernanda Olivera, estudante universitária.
"A gente recebe um algoritmo pronto que é sequencial, que vai ser executado do começo ao fim e vai ter um certo tempo de execução e o que nós queremos fazer é dividir o problema para várias máquinas e, com isso, reduzir o tempo de processamento. Uma coisa que demorava 10 minutos, pode demorar 2 minutos, 1 minuto, ou até menos", explica Fernanda Olivera, estudante universitária.
E se existe alguma similaridade com aquela maratona que você imaginou no começo? Sim, esta maratona de programação também é bastante exaustiva. Os competidores vão até o limite dos neurônios.
"São cinco horas que você passa dentro de uma sala programando. Então é algo cansativo", diz o estudante Arthur Lorenzon. Esta opinião também é compartilhada pela universitária Fernanda de Oliveira, que afirma que "é cansativo porque a gente fica o tempo todo sentado olhando para a tela. É uma coisa trabalhosa e a gente tem que ficar pensando em como desenvolver o algoritmo e resolver o problema."
"Realmente, programar não é uma tarefa muito fácil e acaba sendo cansativo. Não é físico, é um cansaço mental", conta o estudante universitário Henrique Gressler.
"São cinco horas que você passa dentro de uma sala programando. Então é algo cansativo", diz o estudante Arthur Lorenzon. Esta opinião também é compartilhada pela universitária Fernanda de Oliveira, que afirma que "é cansativo porque a gente fica o tempo todo sentado olhando para a tela. É uma coisa trabalhosa e a gente tem que ficar pensando em como desenvolver o algoritmo e resolver o problema."
"Realmente, programar não é uma tarefa muito fácil e acaba sendo cansativo. Não é físico, é um cansaço mental", conta o estudante universitário Henrique Gressler.
Assim como nós, você deve estar se perguntado: mas que tipo de problema essa programação paralela pode resolver? Um dos desafios está no céu: a previsão do tempo.
"Amanhã vai chover ou não vai chover? Isso demora bastante tempo, entre duas a quatro horas, dependendo das variáveis: se vai ter raio ou não, se vai chover ou não e a quantidade de chuva. Ou então, cálculo de genoma: como eu sei que uma bactéria pode ou não interferir em um ser vivo? Para isso, monta-se maratonas particulares para cada problema e começam oferecer soluções por meio dos competidores", explica o professor Calebe Bianchini.
"Amanhã vai chover ou não vai chover? Isso demora bastante tempo, entre duas a quatro horas, dependendo das variáveis: se vai ter raio ou não, se vai chover ou não e a quantidade de chuva. Ou então, cálculo de genoma: como eu sei que uma bactéria pode ou não interferir em um ser vivo? Para isso, monta-se maratonas particulares para cada problema e começam oferecer soluções por meio dos competidores", explica o professor Calebe Bianchini.
Este conceito de maratona de programação não é novo; esse tipo de evento já faz bastante sucesso e até virou moda no Vale do Silício, na Califórnia. No final, a avaliação é rígida e minuciosa. Ganha quem conseguir mais soluções no menor tempo. E, claro, depois de tanta dedicação, os ganhadores são premiados.
"Quem ganha recebe, devido aos nosso patrocinadores Intel e NVIDIA, processadores de alto desempenho. Normalmente a Intel traz os últimos processadores e mainboards que ela tem no mercado para oferecer aos melhores colocados. Já a NVIDIA traz as melhores placas gráficas para premiar os competidores", explica Bianchini.
Maratonas como essa são um jeito bacana de colocar à prova os conhecimentos e a criatividade dos alunos brasileiros. Quem sabe a próxima grande ideia da tecnologia não surge numa sala como essa?
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